Talvez você já tenha visto Rubem Alves ou Marta Medeiros fazendo esta pergunta: Como você reage ao fogo? Sabe aquelas brasas dolorosas que a vida lança de vez em quando para provar sua capacidade de inflamar, estourar e se transformar em alguém diferente?
Se você aproveitou as contendas da vida e desabrochou, se transformando em alguém melhor depois de um período difícil, parabéns, você é uma pipoca.
>> Final de ano: alma lavada e coração aberto
Agora, se você sentiu a chama machucar e ficou na inércia, não esboçou um movimento ou uma mudança, então você é piruá.
Aquele milho de pipoca que não estoura e fica inutilizado no fundo da panela. Isso significa que você não aproveitou a chance de aprender com o sofrimento.
Todas as religiões e filosofias que conheço afirmam que na vida você terá aflições.
Alguns momentos difíceis não lhe oferecem a escolha de não vivencia-los, mas é possível escolher como passar por eles.
Você pode permanecer duro e intocável, não fazer barulho, não chamar a atenção para si, persistindo na ideia de continuar sendo quem é por puro medo da transformação ou por acreditar que já é bom o bastante.
Leia também:
- Presença presente na vida dos filhos
- O primeiro ano de uma mãe é transformador
- Pensar é transgredir e enfrentar a alma no espelho
Mas por outro lado, você também pode escolher saltar do fundo da panela, se desprender da casca dura e viver uma transformação autêntica e positiva, reagindo às emoções relevando sua essência sem medo do estouro, sem se importar com aquilo que está deixando para trás.
Toda dor traz consigo um aprendizado. Sem pessimismo ou ressentimentos, aproveite este finzinho de ano e arrisque-se a fazer uma retrospectiva invertida relembrando seus piores momentos de 2015.
Descubra todo um aprendizado por trás de cada dor. E seja uma pipoca alegre, ninguém nasceu para ser piruá.