A muitos anos a amamentação cruzada era uma prática comum na vida das lactantes.
A amamentação cruzada se fez presente na vida de muitas mulheres, principalmente quando as pessoas ainda faziam uso das amas de leite.
É comum para muitas mulheres, principalmente as gerações anteriores a nossa, uma mãe ajudar outra na amamentação do seu bebê.
Acontece que a prática não é aconselhada pelos órgãos de saúde como o Ministério da Saúde, Organização Mundial de saúde, nem mesmo a Sociedade Brasileira de Pediatria aconselha a prática.
E faz todo o sentido ser desaconselhado porque a amamentação cruzada, que é como chamamos a prática, pode transmitir doenças.
O bebê que será amamentado pode ser contaminado com alguma doença contagiosa e/ou vice-versa. Os bebês correm sempre o risco maior de contaminação justamente por não terem o sistema imunológico formado.
Os riscos da amamentação cruzada são grandes. Por isso, não vale a pena corrê-los. Muitas mulheres dizem que “conhecem a pessoa em questão que irá amamentar seu bebê”.
Conhecer uma pessoa, não te faz conhecer o histórico médico dela. E nem mesmo te faz adivinhar as doenças que podem estar dentro da janela de contaminação, ou seja, aquelas que não aparecem imediatamente em exames médicos.
As vezes nem mesmo a mulher sabe que esta contaminada com alguma doença. Que dirá seus amigos e parentes. As vezes as pessoas sabem e acham que não tem problema e que amamentar o bebê de outra não pode transmitir doenças. Amamentam sem saber dos riscos.
O leite artificial existe para casos em quê a amamentação não pode ser estabelecida. Em casos reais onde o bebê precisa de um complemento. Neste caso, o complemento deve ser usado sem culpa.
Antes oferecer o leite artificial para a criança e garantir que ela não fique exposta a nenhuma doença do que correr o risco de contamina-la praticando a amamentação cruzada.
Doenças graves que podem ser transmitidas pela amamentação cruzada:
- Mononucleose infecciosa,
- Herpes simples tipo 1 e 2 ou Herpes zoster;
- AIDS,
- Hepatite A, B ou C,
- Citomegalovírus,
- HTLV (Vírus linfotrófico humano de célula T);
- Rubéola,
- Sarampo,
- Caxumba entre todo tipo de doenças infectocontagiosas transmitidas pelo contato e secreções.
O leite do banco de leite pode ser contaminado por doenças?
Os leites doados por mães a bancos de leite passam por um processo de seleção, pois, são oferecidos principalmente, para prematuros. Neste processo de seleção, é verificado a saúde da mãe com exames de sangue e sua documentação de pré-natal para aprová-la ou não para doação, portanto, uma primeira triagem é feita. Além disso, o leite recebido é examinado e passa por um outro teste de seleção de qualidade para ser pasteurizado e oferecido para outros bebês, o que o torna seguro para o consumo.
Se você quer saber mais sobre as amas de leite e como a amamentação cruzada surgiu, visite o artigo: A triste história das amas de leite no Brasil.
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