Super-Mães podem ter mais depressão do que mulheres que aceitam que simplesmente não se pode “ser” e nem “ter” tudo.
A combinação de um trabalho com alta potência de atividade e desgastante, além de uma vida familiar ativa, pode tornar mulheres que se auto denominam Super-Mães, mais infelizes do que as que sabem que não dão conta de tudo sozinhas.
Este tipo de atitude que sugere que mulheres abracem todas as responsabilidades para si mesmas, causa uma maior propensão a depressão do que para aquelas que estão em casa cuidando de seus filhos sem ter que se dividir com atividades de trabalho e renda para a casa.
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Super-Mães podem ter mais depressão justamente por tentar serem supers.
Em uma pesquisa com mães, as mais felizes eram aquelas que aceitavam serenamente que não dão conta de tudo e que nem podem fazer tudo sozinhas. Mesmo que para isso elas tivessem que fazer concessões em suas vidas profissionais ou familiares.
Sacrificar alguns objetivos de carreira ou dividir as tarefas de forma justa com o parceiro ajuda as mulheres a atingir um equilíbrio entre carreira e vida saudável e as torna mais felizes.
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Em contraponto, aquelas que tentaram seguir uma carreira que exige muito do seu tempo além de exercer um papel de super heroína do lar, se sentem mais frustradas justamente porque não conseguem viver de acordo com a imagem de Super-Mãe tão aclamada por muitas.
Katrina Leupp, uma estudante de graduação da Universidade de Washington, analisou as respostas de um grupo de mulheres jovens em uma pesquisa do governo americano a respeito de suas vidas profissionais e familiares.
As mulheres foi pedido para que classificassem uma série de declarações sobre equilíbrio entre trabalho e vida familiar.
E então era medido o nível de depressão de cada mulher de acordo com sua idade e comparado com suas respostas.
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Segundo Katrina, “as mulheres é passada uma imagem de que elas podem fazer tudo. Mas a maioria dos locais de trabalho ainda não são projetados para funcionárias com filhos e não possuem responsabilidades sociais ou projetos de acolhimento de crianças”.
Logo, ter que lidar com a carreira quando ela é tão inflexível para as mães e seus filhos se torna uma tarefa árdua para muitas.
Você pode ser feliz combinando carreira e a criação dos filhos, desde que você esteja disposta a deixar algumas coisas de lado e não ser tão exigente consigo mesma.
A pesquisa constatou que mulheres jovens que acreditam fielmente que podem combinar trabalho e cuidados com os filhos, são mais propensas a sofrer de depressão mais tarde do que as que são menos ambiciosas a respeito de seu desempenho materno e profissional.
Muitas mulheres se sentem culpadas por se esforçarem o tempo inteiro para atingir o objetivo de “dar conta de tudo” e não conseguirem. E a insatisfação com a divisão injusta de tarefas com o parceiro também é um fator que aumenta o nível de depressão entre as Super-Mães.
O que fazer?
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- Diminuir as expectativas a respeito do que uma mãe é capaz de fazer.
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- Não tentar abraçar o mundo puxando para si mesma todas as funções
- Saber que se sua decisão foi a de conciliar carreira e filhos, um dos lados acabará não te tendo por inteira
Exigir do parceiro uma divisão justa de tarefas domésticas e uma paternidade mais ativa na criação dos filhos pode resolver uma boa parte dessa sensação de “não dar conta de tudo”. Mesmo porque, você não precisa mesmo dar conta de tudo sozinha, todas precisam de ajuda.
E abaixo ao termo Super-Mães se o que ele sugerir de você seja mais do que você realmente consegue fazer.