Uma mulher fragilizada física e emocionalmente deixa algumas pessoas a sua volta um pouco inseguras, elas querem ajudar, mas não sabem como, nem sempre elas sabem como ser uma rede de apoio materno. Outras acreditam saber exatamente o que fazer, mas podem estar um tanto equivocadas.
Após dar à luz, a mãe vive um período de turbulência que dura muito mais que quarenta dias. Ela precisa de apoio e atenção de sua rede de apoio materno, mas às vezes até as mulheres que já vivenciaram o parto não sabem prestar este tipo de auxílio, seja porque tiveram uma experiência diferente ou porque ficam abobadas com a chegada do bebê e se esquecem de pensar em como a nova mãe pode se sentir diante de certas interferências.
Como sempre temos uma filha, irmã, parente ou amiga prestes a ter um bebê, vale pena a ler esses conselhos inspirados nos ensinamentos da psicóloga Laura Gutman– retirados de seu livro “Mulheres visíveis, mães invisíveis” – para que nossa presença seja motivo de alegria e conforto na vida das novas mamães e para que a gente seja realmente uma rede de apoio materno importante:
• Ao abandonar o útero, tudo que o bebê precisa é o colo da mãe. E salvo algumas exceções, tudo o que a mãe precisa é do bebê em seus braços. Interfira muito pouco nessa relação nos primeiros meses e deixe que mãe e filho se conheçam. Você terá bastante tempo para criar seu vínculo com a criança;
• A mãe precisa delegar todas as tarefas que não sejam essenciais à sobrevivência do bebê. Então, a não ser que ela solicite o contrário, procure ajudar com as atividades domésticas, as idas ao supermercado e questões financeiras. Permita que a mãe amamente, higienize, embale e acalme o bebê. Eles precisam estar conectados;
• Aceite a mulher que virou mãe sem questionar suas decisões ou dar sugestões que não foram solicitadas. Ela, com seu instinto materno, desenvolverá o seu modo de agir em cada situação. Lembre-se que cada mãe é única.
• Cada palavra mal dita, cada julgamento ou preocupação que afeta a mãe prejudicará a criança. Procure ser uma presença silenciosa e otimista. Elogie o desempenho da nova mamãe e direcione sua ajuda a ela, não ao bebê.
• O apego da mãe com o recém-nascido é visceral nos primeiros meses. É normal em alguns momentos a mãe se sentir invadida. Tome cuidado com os excessos. Procure visitar quando for convidada e não chegue sem avisar, segure o bebê apenas quando a mãe oferecer e seja paciente. No começo tudo isso pode ser frustrante, mas acredite, são as atitudes mais sábias que você pode ter.
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