Não há um manual de regras de como ter paciência com os filhos.
Praticar e ter paciência é um hábito constante que ao longo do tempo vamos aprendendo. Geralmente os gritos são a prova cabal de que perdemos totalmente nossa paciência. E pior, nos deixam em uma situação descontrolada perante qualquer situação.
Ser mãe e pai significa que você perderá a paciência com seus filhos por diversas vezes durante todo o processo de criação. Isto é fato.
Nós somos humanos e as crianças geralmente são boas em nos colocar diante de situações totalmente novas e desconfortáveis. Não por mal e nem de forma planejada. Tudo faz parte de um processo maior chamado natureza e é isso.
No entanto, se perder a paciência e gritar é um hábito constante em sua casa, é preciso se avaliar. Olhar para dentro e fazer um balanço do que pode estar acontecendo com você. É preciso considerar formas alternativas de se comunicar com seus filhos de forma que o vínculo entre vocês aumente e não diminua.
Existem várias razões para manter a paciência com seus filhos mesmo durante o momento de discipliná-los. É importante se perguntar o que nossos filhos aprendem com gritos e descontrole. E também o que poderiam aprender com conversa controlada, paciência e estabilidade emocional mesmo durante momentos de crise.
Razões para não gritar com seus filhos
1. Gritos são agressivos e ensinam que ser agressivo é ok.
Que a agressividade é uma forma normal e comum de se comunicar, quando na verdade, ao longo do tempo, ter este perfil só irá prejudicá-lo.
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2. Gritos não são eficazes
Por mais que um belo grito chame a atenção de forma imediata, ao longo do tempo eles perdem qualquer efeito. Uma voz alta e nervosa o tempo todo é menos eficaz do que uma voz baixa, firme e controlada.
É como ouvir alguém chorando o tempo todo. Inicialmente você tende a ajudar, com o passar do tempo, aquela pessoa se torna “o chorão” e você passa a dar menos importância. Todos somos assim, nós nos cansamos de dar atenção para coisas repetitivas. Seus filhos cansarão de seus gritos, se acostumarão com eles e você só será visto como “exagerado”.
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3. Perder a paciência e gritar é desrespeitoso
Não dá para exigir respeito sendo desrespeitoso. Não dá para exigir controle emocional, perdendo o controle. Não dá para gritar e esperar que em algum momento, seus filhos não passem a gritar com você também (ou com os outros).
Como você se sentiria se seu chefe gritasse com você? Você se sentiria na defensiva, magoado e com raiva.
As probabilidades de ser ouvido estão a favor dos que falam de forma controlada e com respeito. Estas pessoas costumam ser mais ouvidas e gerar mais mudança do que as que gritam.
Pense sobre em quem você confiaria mais te ensinando algo: o que grita descontroladamente ou o que fala respeitosamente e com paciência?
4. Seu filho irá se afastar de você e sentirá raiva
Quando recebemos agressividade, geralmente temos um impulso natural de nos afastar ou de responder com raiva. Será que vale a pena pagar este preço? Ninguém deseja que o filho se afaste ou que sinta raiva, muito pelo contrário. Ter paciência aproxima as pessoas.
5. Gritar mostra que você não tem controle sobre suas próprias emoções
Se você deseja mostrar autoridade e disciplina para ensinar qualquer coisa sobre a vida para seus filhos, estar no controle das próprias emoções é essencial e definitivamente, gritar não transmite essa imagem para seus filhos.
O que as pesquisas dizem…
A Universidade de Pittsburgh descobriu que disciplina verbal descontrolada com gritos, xingamentos e insultos é tão prejudicial quanto agressão física. E que crianças que passam por isso, estão mais propensas a depressão, problemas anti-sociais e comportamentais.
Como ter paciência com os filhos e não gritar
É preciso aprender a não transmitir nossa infelicidade quando nossas crianças se comportam mal. Mesmo porque, elas não fazem por “mal” e ter consciência disto é o grande primeiro passo.
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1. Cuide de sua saúde emocional
Geralmente, os gritos estão mais relacionados com nossos problemas internos do que com qualquer ato de nossas crianças. Fazer terapia para estar bem resolvido internamente é um passo importante e faz diferença na vida de todas as pessoas. Todos deveríamos ter apoio profissional terapêutico para lidar com os desafios da vida.
2. Perder a paciência pode ser um sinal de alerta para uma pausa
Quando você começa a perder a paciência mais do que o habitual, quando isso começa afetar sua vida todos os dias, é preciso ficar atento a suas necessidades pessoais.
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3. Conte até 10 ou espere alguns minutos
Quando você se vê perdendo a paciência totalmente, tente contar até 10 ou se dar alguns minutos para respirar fundo e relaxar antes de tomar qualquer atitude.
4. Tenha empatia e se coloque no lugar do seu filho
A maioria dos pais e mães não param para se colocar no lugar da criança. Faz tanto tempo que somos adultos que não sabemos mais olhar por uma ótica infantil e entender o que está acontecendo. Algumas atitudes infantis ocorrem justamente porque eles ainda são…crianças.
5. Foque nas coisas positivas que seus filhos fazem
Sempre que você perder a paciência com seu filho, tente fazer uma lista mental de todas as qualidades que ele tem e todas as pequenas e grandes atitudes que ele toma que fazem seus dias felizes.
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Então, quando chegar a hora de corrigir o comportamento do seu filho, você poderá listar para ele essas coisas legais que ele faz e dizer que espera que ele faça as coisas legais mais vezes do que as que não devem ser feitas.
6. Uma fala suave é mais poderosa do que gritar e perder a paciência
Se acalme, recupere sua paciência perdida. Então, sente-se com seu filho e fale suavemente com ele. Com uma voz serena e baixa. Acredite, pode não parecer, mas o tom de voz mais calmo, suave e ao mesmo tempo firme, falando sobre algo série, tende a ser mais ouvido do que um grito.
A maneira que você fala com seu filho, será a maneira que ele irá falar com você. Pense nisto.
7. Nunca use xingamentos e insultos para falar com seu filho
Problemas de comportamento podem ser frustrantes para os pais e tirar totalmente a paciência de qualquer um, saiba que suas palavras tem poder.
Palavras podem ser flores ou armas.
Você irá construir a confiança com seu filho com encorajamento, mas cuidado com suas palavras, você pode destruir esta mesma confiança com insultos. Esteja ciente do que você diz para o seu filho e como você diz. Escolha as palavras com cuidado e se policie.
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