O livro A Encantadora de Bebês é conhecido de algumas mães. Amado por umas e odiado por outras.
Isto porque, caminhar no campo minado da maternidade não é nada fácil e se auto declarar como a encantadora de bebês pode até ser um tiro no pé. Ou uma pisada na bomba.
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Quem acompanha o Mãe Pop a muitos anos sabe que o objetivo aqui é dar força e poder as mães. Autonomia e segurança em sua maternagem. Falar sobre criação com apego e quebra de ciclos. Isto as vezes dói um pouco, mas é necessário em nossa reconstrução diária.
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Então, se há por aqui alguma com o título de “A Encantadora de Bebês”, saiba que ele é de todas as mães. Cada uma em seu desafio diário tão diferente e ao mesmo tempo tão parecido com o de outras mães.
O livro A Encantadora de Bebês possui duas versões de literatura e ambos prometem resolver seus problemas maternos do nascimento a primeira infância. Transformar pequenas crianças trabalhosas em anjinhos da rotina.
Se você é mãe de um bebê maior e chegou até esta parte do artigo já sabe algo muito óbvio: rotina para recém nascido? ha-ha-ha.
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Mas a questão maior não é essa. A grande questão em livros com técnicas de treinamento e rotinas para bebês é que a mãe se perde no processo. E em muitos casos, o bebê como sujeito é desconsiderado.
A mãe fica presa a técnicas quando, na verdade, maternar é olhar para dentro. E é também olhar para o seu bebê, aprender a conhecê-lo e criar vínculo com ele. Isto te dará autonomia e força para entender o que é melhor para vocês dois.
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E as vezes, o que é melhor para uma dupla mãe e bebê não esta em nenhum livro ou artigo. Não está em nenhuma técnica ou dica.
A solução pode ser encontrada em um simples olho no olho, bater de corações ritmados, peito com leite no calor da mamãe e colo.
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A solução geralmente é amor, contato e empatia. A maioria das mães que seguem esta receita e ouvem a si mesmas durante o processo, se dão muito bem.
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E isto não significa não ler nada a respeito de maternidade. Significa que quando você ler qualquer coisa sobre maternidade e criação de filhos, deve sempre se perguntar se é algo que você gostaria que seus pais tivessem feito com você.
Talvez a grande pergunta para resolver nossos problemas maternos é voltar para o início de tudo. Pensar sobre quando éramos crianças e como gostaríamos de ter sido criados, ouvidos, amados, acolhidos.
Fazer uma reflexão crítica sobre sua infância, abraçar sua criança interior e oferecer para o seu bebê, tudo o que você, quando criança, gostaria de ter tido e não teve.
E nunca se esquecer de algo muito importante: a encantadora de bebês aqui é você. Mas só do seu, claro.