A beleza em ver nossas amigas serem mães

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Um dos sentimentos mais lindos e emocionantes na cumplicidade feminina é com certeza, o momento em que podemos presenciar a beleza em ver nossas amigas serem mães.

Como fui mãe muito jovem, demorou pelo menos uns dez anos para que se iniciasse o babyboom no meu círculo de amigos, até então, todas as minhas amigas faziam às vezes de “tias” queridas de sobrinhos, afilhados e filhos de amigos, principalmente do meu. E elas sempre foram ótimas, atenciosas, sabiam fazer comidinhas, agradinhos e as mais aventureiras trocavam até fraldas, super animadas e atrapalhadas com aquelas “explosivas”.

Mas quando começou a pipocar a temporada de amigas grávidas, a cada ligação e anúncio de um novo bebê, o meu coração se enchia de amor ao vê-las compartilhando em suas timelines artigos sobre gestação e bebês, as fotos das barrigas, as descrições das sensações, umas mais cansadas, outras super dispostas, mas cada uma do seu jeito, jeitão de mãe.

Ao vermos as nossas amigas virarem mães, deixamos os pré-julgamentos de lado, respeitamos as decisões, entendemos…(suspiro!), pois assim que presenciamos os olhares apaixonados das nossas amigas, fitando as suas crias e dando longos cheirinhos apaixonados, nada mais importa, somente a beleza daquele momento.

Quando as nossas amigas viram mães, podemos enfim dividir as questões e dúvidas mais íntimas, coisas que às vezes, só uma amiga mãe pode compreender. Mas também, quando são elas que estão confusas ou sem saber o que fazer, temos o dever de adocicar as palavras (os conselhos também!) e ajudar as nossas tão queridas amigas, a saírem dos sufocos que vem de brinde com a maternidade, sempre com paciência e sem julgamentos.

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Outro aspecto da beleza em ver as nossas amigas virarem mães, é que os nossos filhos crescem juntos, brincam juntos, tem fotos tomando banho de bacia no jardim e às vezes puxam o cabelo um do outro, fazendo com que as mães amigas disfarcem o riso e controlem o chororô dizendo: “vocês SÃO AMIGOS!” e assim, possam voltar para suas xícaras de café e conversas saudosas.

Os filhos das nossas amigas se tornam um pouquinho nossos, pois passamos a amar esses pedacinhos de gente e a torcer pelas nossas amigas mães durante a caminhada do maternar.

E ficamos tão chateadas quando elas tropeçam nas mesmas pedras que já nos deram tombo e talvez nos frustre perceber, que só nos cabe colar o band-aid e talvez, comprar um sorvete ou um Kir Royal. Porque cada mãe tem que andar pela sua própria estrada e não podemos interferir ou oferecer atalhos que nos parecem mais adequados.

Nós amamos as nossas amigas e as queremos autênticas, livres e independentes, mas principalmente, queremos que elas sejam felizes!

Ver as nossas amigas se transformarem em mães é como olhar através do espelho e enxergarmos à nós mesmas, mas com o cúmplice e adocicado olhar de amigas.
Por isso mães, amigas e mulheres, é preciso ficar claro que somente os firmes laços fraternos nos farão mais fortes, cultive e fortaleça a cada dia as alianças de irmandade, compreensão e ajuda mútua. A transformação gradual das nossas queridas e a entrada delas no mundo descabelado das mães, nos coloca no mesmo patamar e é claro que com dificuldades diferentes, outras prioridades e situações diversas, mas ao vermos as nossas amigas se transformarem em mães, entendemos porque é fundamental que todas as mães sejam amigas.