Existe uma supremacia no leite materno que o indica como melhor alimento para o recém nascido, bebês até 6 meses e mesmo os que mamam por 2 anos ou mais
A qualidade e os benefícios do leite materno o tornam o melhor alimento do mundo e estas qualidades vão muito além, apenas da alimentação. Confuso? Explico: a supremacia do leite materno é holística, pois proporciona benefícios físicos e emocionais ao bebê.
A amamentação diz respeito a todos, é uma preocupação de saúde pública, inclusive.
Mães, pais, profissionais da saúde, familiares, governantes. Todos devem se preocupar com o aleitamento e promovê-lo tornando o ato de amamentar parte intrínseca da cultura familiar e da sociedade.
Onde esta a supremacia do leite materno?
Muitos estudos ao longo do tempo comprovam os benefícios do leite materno no que tange a saúde como aspecto geral: imunológica, psicoafetiva, nutricional e física. Sendo que o leite materno é considerado o melhor alimento para o recém-nascido e lactente, prevenindo infecções respiratórias, urinárias, gastrointestinais e protegendo contra alergias, obesidade, diabetes e linfomas (Levy e Bértolo, 2002).
Crianças alimentadas com o melhor alimento do mundo, se desenvolvem melhor, possuem um crescimento adequado, são mais calmas, choram menos e são mais inteligentes. (Rey, 2003 e Mortensen et al. 2003).
Alguns pais e mães dizem, frustrados:
-“Mas meu filho não mamou no peito e é muito inteligente”
– “Meu filho não mamou no peito e é muito saudável”
-“Meu filho mama no peito e chora muito”
Ora, pense que, se tivesse mamado no peito, seria mais inteligente, seria mais saudável, choraria menos. Dizer que leite materno promove uma melhor saúde física e emocional para os que mamam, não é desmerecer, de forma alguma, aqueles que não tiveram esta oportunidade. E muito menos compará-los. Cada criança se desenvolve de maneiras únicas, apesar do meio.
São essas linhas tênues que as mães devem alcançar quando estão sob uma informação que esta baseada em evidências e estudos; e não entender esta informação como uma afronta a sua realidade que pode ter sido diferente por uma série de fatores.
Além do vínculo estabelecido entre mãe e filho, amamentar favorece a saúde da mulher diminuindo hemorragias pós-parto, a faz voltar ao peso anterior a gravidez rapidamente e diminui o risco de câncer de mama.
Restabelece o vínculo após a ruptura e separação do nascimento deixando mãe e bebê aptos emocionalmente a se adequarem juntos a nova realidade e rotina.
Leite materno é gratuito, contribui para o equilíbrio econômico familiar ou pelo menos impede que um gasto maior com leites artificiais desestruturem a economia da família gerando preocupações nos arrimos familiares que podem ser tanto o pai, quanto em maior parte no Brasil, a própria mãe.
Quando existe a promoção e apoio ao aleitamento materno toda a sociedade lucra com isto, pelo ponto de vista econômico e social, pois diminui a incidência de gasto público com saúde.
Crianças amamentadas ficam menos doentes do que crianças não amamentadas, a amamentação contribui para o desenvolvimento da sociedade através dos aspectos emocionais adquiridos durante o tempo de aleitamento. Investir na amamentação é cuidar do futuro e transformá-lo positivamente.
“A amamentação é uma orquestra afinadíssima composta pela pulsação, respiração e voz materna e segundo vários psicólogos esse conjunto é aprovado pelos bebês” (Tauryno, 2003 pp.1).
Não existe dúvidas da importância e qualidade do leite materno na vida de um bebê por todos os fatores apresentados.
E sim, o leite materno diante de todos os outros é supremo e esta supremacia é inegável.
Todos os outros mamíferos certamente não desconfiam da qualidade e importância de seu leite e, não oferecem leite de outro tipo para os seus filhotes.
O ser humano é o único mamífero que vê como natural oferecer outro tipo de leite para o seu filhote. É preciso voltar as raízes e buscar a ligação natural perdida ao longo do tempo.
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