Faz tempo que eu quero escrever sobre o maravilhoso filme Django Livre de Quentin Tarantino.
Toda vez que ouço a música Freedom, interpretada por Anthony Hamilton & Elayna Boynton, eu lembro do Django Livre. Com uma trilha sonora excelente e um roteiro sem precedentes, não tem como não deixar minha impressão sobre ele aqui.
Quentin Tarantino em Django Livre mostra sua capacidade criativa para tocar em um tema sempre polêmico que é a escravidão e faz o serviço maravilhosamente bem. O filme é violento, com muito sangue, no entanto é bem desenvolvido e tem um roteiro consistente. Marca registrada de Tarantino. Sou fã. Não indicado para crianças, ok?
Mas do que se trata o filme? Conta logo…
Django (Jamie Fox) é um escravo liberto que conhece um caçador de recompensas, maravilhosamente bem interpretado por Christoph Waltz (em um papel inteligente e sarcástico, que nos lembra sua ótima atuação em Bastardos Inglórios).
Juntos se tornam mercenários a procura da esposa de Django, Broomhilda (Kerry Washington), que esta sob a custódia do Monsieur Calvin Candie (Leo Di Caprio), proprietário da Candyland, uma casa onde escravas são negociadas como objetos sexuais e escravos lutam entre si para fomentar apostas entre ricos. O filme se passa dois anos antes da Guerra de Secessão, que culminou na aprovação da 13º. Emenda Constitucional abolindo a escravidão no país.
Samuel L. Jackson interpreta o escravo de Monsieur Calvin Candie, em um personagem totalmente oposto a Django. Ele é passivo e até tenta atrapalhar Django em muitos momentos, se tornando também um problema a mais para ser resolvido na trama.
Tarantino não romantiza a escravidão, o filme é cheio de excessos. Uma maravilha.
A direção de arte é densa e bem resolvida. As cenas são fortes, mas não é violência por violência, o tema é delicado. Muito do que realmente acontecia é retratado, o filme é para adultos. Nós somos atingidos em cheio pela empatia.
Eu já disse que gosto de Faroeste aqui quando resenhei o Filme Jane Got a Gun: Uma pistoleira cheia de garra (clica aí pra ler também) então, Django Livre conquistou meu coração a muito tempo também, um faroeste de “nada mais, nada menos” Tarantino, que aliás, se mostra sempre versátil e muito criativo.
Veja, Tarantino teve que responder a jornalistas perguntas sobre o porque os palavreados preconceituosos foram usados no filme, mas ele estava retratando uma realidade que muitos não querem ver ou desejam simplesmente esconder. O filme não tem mimimi, a realidade é dura e crua em Django Livre, você vai além de tudo se emocionar.
Este é sem dúvida alguma um dos meus filmes preferidos. Toda a combinação de elementos, roteiros, atores sensacionais, ótimas cenas e em meio ao caos e horror, até mesmo um pouco de humor sendo embalado por uma trilha sonora excepcional, não tem como não gostar.
Veja o trailer e se não assistiu ainda, coloca na sua lista:
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