13 Reasons Why é um seriado original da Netflix lançado em meados de 2017 que fala sobre suicídio e abuso sexual.
O seriado 13 Reasons Why dividiu opiniões a respeito, mas não há como negar que falar sobre o tema é necessário.
A série conta a história de uma adolescente de 16 anos que entra em uma crise. Após sofrer bullying e abuso na escola de pessoas que ela considerava amigos, a crise se torna depressão.
O formato da série é interessante e existem vários protagonistas.
Hannah, a adolescente que se suicida e Clay que se torna parte importante do enredo levando todo o clima e movimento dos acontecimentos.
Na verdade a série já começa com o fato de Hannah ter se suicidado depois de ter sofrido bullying e abuso na escola. Ela deixa 13 fitas contando uma história e os motivos em cada uma delas. E os motivos que a levaram tomar esta decisão.
13 Reasons Why se tornou polêmica para muitas pessoas porque pode ser um gatilho para pessoas emocionalmente instáveis, vendo no suicídio a única forma de resolver seus problemas. Romantizando a história de uma garota bonita, inteligente e divertida que resolveu tomar este caminho.
Os avisos sobre a série poder ser um gatilho, começam a aparecer apenas nos capítulos finais. Muitos questionam a real utilidade dela, já que não dá ao expectador nenhum telefone ou contato de locais que ele possa pedir ajuda, caso se encontre na mesma situação. Principalmente quando é exibida em outros países como o Brasil. No entanto, as temporadas seguintes inseriu avisos e contatos de ajuda.
Essa questão sobre a necessidade de avisos de gatilhos em certas produções é nova.
Lembram do filme Cisne Negro? Não haviam avisos de gatilho. Ele falava sobre uma dançarina mentalmente instável que no fim dá a vida pela dança. Aliás, um filme sensacional.
Assisti todos os capítulos de 13 Reasons Why e acredito que para pessoas que estão bem emocionalmente e não sofrem de depressão, é um seriado necessário. Toca em um tema sério e que muitos desconsideram totalmente que é o resultado do bullying e do abuso.
Principalmente na escola, com adolescentes que estão com sua personalidade ainda em formação e enfrentando vários desafios inerentes a própria idade, buscando um lugar no mundo.
Veja o que já falei sobre isto aqui: Chega de bullying!
De fato, questiona-se o fato de Hannah ser uma adolescente que em nenhum momento na série tenta achar outra opção ou pedir ajuda especializada ou de seus pais. Mas vejam, ela é uma adolescente.
Nossos adolescentes realmente sabem onde e para quem pedir ajuda de verdade?
Eles estão emocionalmente preparados para lidar com problemas tão intensos e grandes como o bullying e o abuso?
Não há como não tocar no assunto a respeito da importância de existir uma família estruturada, de pais presentes no âmbito escolar de seus filhos e de um modelo de criação que permita ao filho ter em seus pais um porto seguro e confiança, ao invés do medo.
De certa forma a série é necessária, mas, estes assuntos que são tabus e vistos como pouco importantes, quando abordados com a intensidade e gravidade real, se tornam também polêmicos.
Veja o trailer da primeira temporada:
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