O fato de que toda mãe um dia pode virar sogra é a mais pura verdade e talvez algumas leitoras sintam isso como algo ruim, mas não é.
Na verdade este é um grande motivo para tentarmos ser compreensivas umas com as outras. Me desculpem pelo susto inicial, este artigo não é uma “ditação” de regras e nem mesmo tem a pretensão de te dizer como você deve se relacionar com a sua sogra. Mas sejamos realistas, toda mãe um dia pode virar sogra e deixando de lado a negatividade que o nome representa para muitas, nós é que fazemos acontecer para que algumas coisas sejam diferentes.
Eu acredito do fundo do meu coração que eu tenho um monte de leitoras que tem sogras maravilhosas e que maravilha por isso. Em um mundo onde a maternidade se torna cada dia mais solitária, poder contar com uma ajuda a mais da mãe do seu parceiro é tudo de bom e alivia bastante a difícil vida materna. Há outras, no entanto, que não gozam de tanta sorte e acabaram por ter em seu caminho materno uma sogra que por vários motivos pode não “aprová-la” ou achar que ela não sabe tanto quanto ela. O mais complicado destas relações explosivas é quando o parceiro acaba ficando do lado da mãe e não ouvindo a parceira.
Um relacionamento é uma via de mão dupla, sempre. Para todas as pessoas. Existem sogras osso duro de roer como também existem noras que deus nos acuda. As relações são complexas e as pessoas precisam se esforçar em vários aspectos para que a paz reine nesta nova vida familiar. Geralmente um dos maiores problemas de mães com suas respectivas sogras é a invasão em sua maternagem e o quanto elas são desconsideradas como mães.
Se você é uma sogra que me lê, por favor, olhe para si mesma e pergunte-se se de repente você não esta ultrapassando alguns limites nesta relação e invadindo uma maternidade que não lhe pertence. Por melhor que seja suas intenções, mães precisam de espaço para serem mães. Se lembre de quanto você começou como mãe e como se sentia quando era invadida em suas decisões. Lembrou?
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Se você é uma nora osso duro de roer, que me lê, por favor, olhe para si mesma e pergunte-se se de repente sua retaguarda não esta em alerta demais ou se talvez você não esteja sendo um pouco ciumenta com a relação que sua sogra quer estabelecer com o seu filho. Pense que um dia talvez você seja sogra e se pergunte como se sentiria se fosse afastada dessa relação tão bonita que você poderá construir com seu futuro neto e se alguém tentar te afastar o tempo inteiro. Imaginou?
Estes dois exercícios são uma tarefa constante para ambos os lados. Que nenhuma mãe tenha sua maternagem roubada e que nenhuma sogra tenha sua participação de avó limitada. Existe apenas uma pessoa que ganha muito quando os adultos acabam tentando criar um clima de boa convivência e respeito: a criança.
Quem se lembra quando criança do quanto a figura da avó era mágica? E a mãe então, para toda criança um ser de outro mundo que não tem comparação com nenhuma outra. Ninguém vai ser menos amada pelo filho por deixar uma avó participar da vida dele e nenhuma avó será menos amada pelo neto se deixar a mãe ser a mãe.
Sogras, entendam, sua maternagem já foi, agora é a vez da sua nora, da sua filha. Abrace esse papel lindo que as avós tem na vida do neto e se joguem sem medo.
Mães, entendam, seu filho será sempre seu, por mais que as pessoas tentem te desvalorizar como mãe, para ele, você é única e nada é mais importante para o seu filho do que essa relação.
Sejam seguras, cada uma no seu papel. Sejam abertas e compreensivas umas com as outras. Somos mulheres e precisamos nos unir. Não importa a diferença que existe entre nossas idades, não importa se somos sogras e noras disputando a mesma atenção, tem para todas. Abracem umas as outras, as mulheres precisam estar juntas e se fortalecerem juntas, principalmente aquelas que entendem todas as venturas e desventuras da maternidade, como a nova mãe que se tornou a nora e como a antiga mãe que foi a sogra.