Bullying é toda forma de violência física ou psicológica causada por um ou um grupo de pessoas.
O assédio pode se manifestar de várias formas e em várias idades. Geralmente as crianças são as maiores vítimas do bullying tanto por outras crianças ou adultos.
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A forma que mais se evidência atualmente e que é a mais preocupante é o bullying entre crianças, principalmente entre idades e tamanhos diferentes.
A vítima costuma ser uma criança menor em idade e tamanho, diferente em aparência ou personalidade.
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Crianças pequenas, negras, ruivas, albinos, introvertidos, cabelos crespos, deficiência física e mental, uso de óculos e outros acessórios como aparelhos nos dentes entre todas estas questões que não enquadram a criança dentro de um pequeno padrão de aparência ou comportamento para o agressor ou agressores podem torná-la uma vítima de bullying.
A situação é séria e exige atenção e cuidado de todos os adultos presentes na vida da criança.
Qualquer mudança no comportamento da criança tanto na escola quanto em casa deve ser investigado e conversado com todos os adultos envolvidos.
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Se a criança estuda e de repente começa a mudar seu comportamento em casa, os pais precisam ficar atentos ao que pode estar acontecendo na escola e conversar com os educadores.
Bullying é sério e pode ser o responsável por uma série de problemas na vida de uma criança chegando até mesmo ao suicídio.
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O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão e é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.
No Brasil, o bullying é traduzido como o ato de bulir, tocar, bater, socar, zombar, tripudiar, ridicularizar, colocar apelidos humilhantes entre outras ofensas em outra pessoa por uma outra ou um grupo de outras pessoas.
A vítima geralmente não consegue entender os motivos que levam os agressores a persegui-la e costuma ter medo da intimidação causada por eles bem como pela presença social que estes agressores costumam ter.
Geralmente o medo de não ter crédito com o que é dito ou medo de ser novamente intimidado e não se sentir seguro no ambiente que ocorre a agressão faz com que esta situação aconteça de forma silenciosa.
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E o ciberbullying?
Ciberbullying é quando uma pessoa é intimidade no contexto virtual. Ela pode se sentir ameaçada e intimidada, bem como ser alvo de humilhações por mensagens, emails, nas redes sociais, sites e blogs.
Esta forma de bullying é tão nociva quanto o presencial com o agravante de ser mais cruel já que as pessoas não estão cara a cara. É um extensão do que acontece pessoalmente, mas no meio virtual.
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Como evitar o bullying?
Com educação e informação. Dentro e fora de casa. Ensinando os filhos a respeitarem o próximo, suas diferenças e serem gentis e educados com as pessoas.
Ensinando-os principalmente a serem questionadores e a não se calarem diante de injustiças.
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Ensinando a terem coragem de enfrentar seus medos para que assim possam contar qualquer ameaça que sofram dentro da escola ou em qualquer outro ambiente em que vivem.
E principalmente ensinando a não terem preconceito em relação a nenhuma outra pessoa.
Acompanhando a escola e a pedagogia aplicada a este assunto, questionando as estratégias da escola, bem como todos os outros ambientes que seu filho frequenta. Também os virtuais e meios de comunicação.
Participando de movimentos que visem a informação sobre o assunto e a abordagem do tema frequentemente. Olhando para si mesmo e se perguntando se você não pratica bullying com alguém ou se esta ensinando seu filho pelo exemplo quando pratica bullying com ele em casa.
Sim, o tema é cascudo e você também pode ser parte do problema, já parou para pensar nisto? Uma simples chacota que muitos consideram inofensiva pode machucar alguém emocionalmente e isto já é suficiente. Por isso levante esta bandeira sempre: Chega de Bullying!
Sinais de alerta
Crianças que são acompanhadas de perto pelos seus pais geralmente tem mais chances de serem notadas quando sofrem por algum motivo. Um pai e uma mãe atentos percebem logo uma mudança de comportamento. Geralmente os sintomas mais comuns são:
- Dificuldades para dormir, pesadelos e medo de ficar sozinho
- Falta de apetite bem como problemas com o estômago causado pelo estresse da situação
- Transtornos alimentares e de ansiedade
- Dores de cabeça frequentes
- Depressão e tristeza constantes
- Pensamentos destrutivos, vontade de morrer ou machucar outras pessoas.
Crianças que sofreram bullying devem ser atendidas por psicólogos, fazer terapia e receber muito carinho e acolhimento em casa para que as marcas da agressão sejam superadas e amenizadas.
Fique atento
O bullying pode ser praticado em qualquer ambiente como na rua, na escola, na igreja, em clubes, no trabalho e muitas vezes é praticado por pessoas dentro da própria casa da vítima, ou seja, pelos seus próprios familiares.
Para a justiça brasileira, o bullying está enquadrado em infrações previstas no Código Penal, como injúria, difamação e lesão corporal.
Seja você um agente de mudança. Ensine seu filho, olhe para si mesmo e para os seus familiares, cobre a escola, esteja atenta ao que acontece virtualmente e na rua com seu filho.
Chega de bullying! Vamos começar a mudança de dentro para fora.
Atualização de postagem [fevereiro/2016] – A Lei 13.185/2015 que obriga escolas e clubes a adotarem medidas de prevenção e combate ao bullying entrou em vigor na segunda semana de fevereiro/2016. O projeto determina que seja feita a capacitação de docentes e equipes pedagógicas para implementar ações de prevenção e solução do problema, assim como a orientação de pais e familiares, para identificar vítimas e agressores.
Conheça a lei: Combate à Intimidação Sistemática (Bullying)