Síndrome de Morte Súbita Infantil: Amamentar diminui os riscos

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Amamentar diminui o risco da Síndrome de Morte Súbita Infantil, ainda que a amamentação dure apenas 2 meses.

Além de todos os benefícios que a amamentação proporciona para mãe e bebê como regulação da temperatura corporal do bebê, vínculo, alimento adequado e dinâmico, diminuição de alergias alimentares e melhora da digestão, amamentar diminui o risco da Síndrome de Morte Súbita Infantil também!

Como amamentar diminui o risco de Síndrome de Morte Súbita infantil?

Um estudo realizado em outubro de 2017 pela American Academy of Pediatrics (AAP) relacionou a amamentação com uma redução significativa no risco da Síndrome de Morte Súbita Infantil. O estudo foi extensivo, considerando um total de 2267 casos em 6837 crianças controle, de modo que os resultados do estudo são significativos.

O que o estudo encontrou:

Estudos extensivos anteriores pela AAP concluíram que a amamentação está associada a um menor risco de Síndrome de Morte Súbita em bebês. Os estudos chegaram até 1966 e continuaram durante o ano de 2010, e geralmente mostraram o mesmo: a amamentação está ligada a uma menor taxa de Síndrome de Morte Súbita em bebês.

Mas o que os pesquisadores não sabiam é como exatamente esse risco foi reduzido. Era importante que uma mãe amamentasse por apenas alguns meses? Com este estudo, os pesquisadores esperavam fornecer algumas respostas sobre exatamente quanto tempo uma mãe precisa amamentar para reduzir os riscos.

A resposta foi que mulheres que amamentaram durante pelo menos dois meses reduziram drasticamente o risco da Síndrome de Morte Súbita Infantil em seus bebês.

Essencialmente, quanto mais uma mãe amamenta, maior a proteção contra a Síndrome de Morte Súbita Infantil. Então, como anteriormente publicado em alguns sites, não é uma chupeta que ajuda a reduzir os riscos, mas sim a sucção. E esta sucção sendo feita no peito da mãe, a proteção é maior ainda.

Mesmo pouco tempo de amamentação é melhor do que nenhum?

O quê o bebê puder consumir de leite materno, principalmente nos primeiros 6 meses, vai ser bom para ele. Claro que quanto mais o bebê tiver de leite materno disponível como uma amamentação exclusiva nos primeiros seis meses, leite materno como principal fonte de alimentação no primeiro ano e complementar após os 2 anos de idade, melhor.

Leite materno é o padrão ouro de alimentação infantil e qualquer quantidade que o bebê puder consumir, será melhor do que nenhuma quantidade.

Então o estudo esclarece que se um bebê mama por pelo menos 2 meses, ainda que não seja de forma exclusiva, ele também tem uma proteção a mais contra a Síndrome de Morte Súbita Infantil. Isto significa para gente que ainda que seja por pouco tempo, é importante tentar conseguir ao menos um pouco de amamentação para o bebê.

Claro que o ideal é sempre mais quando se trata de leite materno!

À medida que mais profissionais de saúde e médicos, pais e cuidadores estão conscientes dos benefícios da amamentação, especialmente no início da vida de um bebê, podemos criar uma rede de apoio mais ampla.

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Referências:
John M.D. Thompson, Kawai Tanabe, Rachel Y. Moon, Edwin. A. Mitchell, ClionaMcGarvey, David Tappin, Peter S. Blair, Fern R. Hauck. (2017, Nov.) Duration of Breastfeeding and Risk of SIDS: An Individual Participant Data Meta-analysis. Pediatrics, 140 (5) e20171324; Acesso: 10.1542/peds.2017-1324


Suelen Maistro
Mãe do Fe. Criadora dos portais Mãe Pop e Sue Maistro. Artista Visual, Diretora de Arte e Tattoo Artist. Pesquisa e estuda temas relacionados a amamentação, educação, criação, psicologia, ciência, arte e design. Mas não se engane, as vezes jogo conversa fora em artigos despretensiosos, pouco importantes e irônicos. Bem vinda a minha casa virtual